sábado, 18 de julho de 2009

Elas andam por aí!

Porque será não sei, mas quando tenho que estudar arranjo logo imaginação (ou desculpas?) para postar uma (treta) coisinha qualquer, refira-se ainda que a proximidade da calamidade (exame) faz com que esta imaginação aumente proporcionalmente...

Estava então eu a inventar coisas para não fazer nada quando se me reavivou na memória um episódio bastante caricato que me aconteceu há coisa de uns tempos no dito Bairro Alto.
Pois bem, tinha eu ido sair com um grupo que nem conhecia muito bem excepto uma amiga, entidade não colaborante, refira-se...
Ao longo da noite, enquanto o alcoól no sangue aumentava fui fazendo umas quantas descobertas, relativas às mentes retrógradas e homofóbicas dos elementos do dito grupo. Um deles, tenho a certeza, ainda se vai descobrir um dia... porque já foi descoberto por várias pessoas apesar das barbaridades que referiu, enfim, talvez na altura se tente curar da doença!
Eu cá, mantive-me caladinha no meu canto, não fosse o alcoól falar demais e fui seguindo a onda, de copo em copo, tentado nao rir muito. Tudo muito bem, até que, estavamos todos à conversa numa rua, passa um grupo de raparigas e uma delas fica a olhar para mim...
Está bem, confesso que também olhei um bocado prolongadamente para perceber porque estava a ser alvo de tanta atenção, porque o meu estado já estava um bocado desacelerado e com o modo de conveniência off... Resultado, as miudas param a uns 4 metros do meu grupo, põem-se a olhar e aos segredinhos e a apontar e tal... Como já estava bastante anestesiada admito que talvez possa ter lançado um sorrisinho, mas apenas porque achei piada e estranheza à coisa, cof cof.
Nisto, refiro à entidade não colaborante que uma midua tinha olhado pra mim e que eu apostava que vinha meter conversa, coisa que foi levada com um "pois sim..." e não muita alegria. E não é que, nesse momento, a miuda começa a andar na minha direcçao, fura pelo meio daquele grupo de mentes quadradas, põe-se ao meu lado e sai-se com um
Ela - "Oi! Tudo bem?"
Eu - "..." - aceno com a cabeça, continuo a sorrir aparvalhada e anestesiadamente, neste momento já a pensar como é que me tinha calhado uma brasileira descarada no meio dum grupo daqueles... Como continuei a ser brindada com um olhar expectante lá me saiu um "Sim" meio arrastado, mas parece que ela não ficou muito mal impressionada com a minha lentidão.
Ela - Como é o seu nome?
Eu - "..."
Amiga - "*****, porquê?" (eu avisei que não era colaborante...)

E então, sem saber bem como, mas sabendo perfeitamente porquê, fui excluída da conversa:
Ela - "É que eu achei sua amiga muito gata mesmo! Meu nome é... (já não faço ideia..)
Lá distribuiu beijinhos pelas duas, com a malta do grupo ali com ar de quem não percebe nada do que se está a passar. Mas muher a sério não se deixa intimidar, pelo contrário, voltou ao ataque em força a dizer que eu era muito "gata" (meu deus..) e então tinha vindo meter conversa, tava ai com as amigas e tal e coiso. Até que, deve ter achado o meu silêncio estranho e a atitude embirrante da dita amiga um bocado intimidantes...
Ela - "Nossa! Voces estão juntas?! Me desculpe!"
Eu - "Não!"
Amiga - "Mais ou menos..."
Ela - "Como é mesmo? Bom, eu nao queria incomodar..."
Eu - "Não." - sempre de sorriso estampado na cara...

Após um pedido de desculpas e um dar a entender que não percebeu a situação a brasileira lá fez pés ao caminho, não sem antes me dar outro par de beijos e fazer um grande sorriso e um adeus com as amigas.
Aí resolvi tirar as coisas a limpo e perguntar que raio de ideia era aquela de estarmos juntas e fiquei informada que foi para me safar dela e para ela ser ir embora. Han?! Mas agora preciso que me salvem de brasileiras baixinhas, giras e atiradiças? :P
Quanto ao dito grupo, deve ter ficado escandalizado ou então não percebeu mesmo nada, mas eu fiquei com dores nos abdominais de tanto rir, eheh.

Enfim, estava tão bem ou tão avariada que seguidamente contei o episódio como entao sido com uma espanhola. "Espanhola nada, ela era brasileira! Onde foste buscar o espanhola?" , "Ora, eu só sei que era uma língua qualquer parecida com português..."

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